• Turismo
  • 08 out 2025

A necessária missão para retomar o Trem dos Vales

Percorrer a Ferrovia do Trigo entre o Viaduto 13, em Vespasiano Corrêa, até a estação férrea de Muçum é se deparar com contrastes

365 Vezes no Vale

Percorrer a Ferrovia do Trigo entre o Viaduto 13, em Vespasiano Corrêa, até a estação férrea de Muçum é se deparar com contrastes. Por um lado, viadutos gigantescos, paisagens singulares com os trilhos margeando o rio Guaporé. De outro, a destruição ocasionada pela enchente histórica de maio de 2024.

São 16 quilômetros que prometem ser recuperados para a retomada dos passeios do Trem dos Vales.  O principal problema nesse percurso são os quilômetros de trilhos soterrados por deslizamentos de terra. Um viaduto menor foi deslocado de lugar e também precisará ser refeito.

Além disso, o caminho de ferro some em vários pontos devido ao acúmulo de mato. Até cana-de-açúcar está crescendo entre os dormentes. Efeito de mais de ano de abandono por parte da Rumo Logística – concessionária que sequer fez a limpeza básica dos trilhos após a tragédia climática de 2024.

Nos bastidores, entidades do Vale trabalham muito para reativar o passeio turístico. O esforço não é por menos. Estamos falando de um âncora turística regional. O Trem dos Vales já atraiu mais de 110 mil turistas, público que circula pela região e gasta em gastronomia, lazer e hospedagem.

De fato, o Trem dos Vales aquece a economia e faz falta.

O custo estimado para recuperar esse primeiro percurso é de R$ 16,3 milhões – R$ 6 milhões para desobstrução e consertos dos trilhos e outros R$ 10 milhões para o viaduto danificado.

É um valor que vale a pena ser pago. Os benefícios econômicos e sociais do trem turístico são muito mais valiosos e representam também a reconstrução simbólica do Vale. Espero ver em breve os vagões com pessoas circulando pelos trilhos e recordar a destruição apenas em fotografias.

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