O Vale do Taquari quer assumir a gestão e reparos da Ferrovia do Trigo nos 46 quilômetros por onde passa o Trem dos Vales. A malha férrea foi afetada pela enchente histórica de maio e desde lá está sem uso.
O pedido foi entregue ao governo federal. Objetivo dos líderes regionais é viabilizar a reforma do trecho por meio de parcerias públicas e privadas.
Atualmente, quem tem a concessão da malha férrea é a Rumo Logística – contrato que se estende até 2027. Até o momento, a empresa não apresentou um plano de investimentos ou prazos para os reparos na ferrovia que corta o Vale do Taquari.
Os estragos
Um estudo aponta que no trecho entre as estações de Muçum a Guaporé, por onde passa a locomotiva turística, foram registrados mais de 60 deslizamentos, sendo necessários a realização de oito aterros, reparo de três viadutos e reconstrução de sete quilômetros de trilhos. O custo dessa obra está estimado em R$ 200 milhões.
No estado, um relatório prévio aponta que foram pelo menos 700 quilômetros de trilhos com necessidade de reforma. Seria necessário um investimento entre R$ 3 bi até R$ 4 bilhões para retomar o transporte de carga pelo modal férreo.
Impacto sem o trem
O Trem dos Vales foi cancelado em 2024 e só retorna com a ferrovia reconstruída. Há um anseio enorme pela volta dos passeios na ferrovia, afinal o trem atrai turistas que acabam visitando outros pontos turísticos da região.
Apenas em 2023, estima-se que o trem dos vales gerou um incremento de 10 milhões na economia local.
Um vídeo no YouTube do 365 vezes no vale mostra os estragos causados pela enchente histórica no trecho da Ferrovia do Trigo por onde passava o Trem dos Vales.